Médico palestino mostra últimos minutos de vida de uma menina atingida por bombardeio israelense

⚠⚠️ Aviso: Este conteúdo contém imagens e informações gráficas que podem ser perturbadoras. Discrição é recomendada. Relato do médico @ali.gazandoctor Dois anos neste inferno, e nunca vi nada como o que estou a testemunhar agora. Estes dias trazem as lesões mais devastadoras e estilhaçadoras; feridas tão graves que ficam congeladas, perguntando-me se até Deus poderia salvá-las. Ficámos impotentes, sem saber o que fazer. Senti os últimos batimentos cardíacos desta menina com as minhas mãos, pulsando através da carne rasgada. Se imagens de crianças rasgadas e quebradas não são suficientes para parar esta loucura, então o que é? Estou pronto para sacrificar a minha vida por esta causa. Nunca vou parar de lutar pelo meu povo. Mas como posso eu, quando o que enfrentamos não passa de morte e maldade? Dezassete horas do meu turno exaustivo, carregando o peso de histórias insuportáveis; famílias escapando da morte no norte, só para enfrentar mais mortes aqui, e outras chegando com ferimentos que não puderam ser tratadas lá. Finalmente deitei-me para descansar as costas. Mas depois veio outro ataque aéreo. Minutos depois, as ambulâncias chegaram com os feridos. Entre eles estava essa garota. Vi o coração dela parar de bater, e sinto que o meu vai parar em breve. Minha mensagem para o mundo é simples: se nos restarem queimar sozinhos neste inferno, então a própria humanidade já morreu. Este mundo já não é humano. E o silêncio que permitiu tudo isso vai te assombrar para sempre.